Depois de dois anos turbulentos, aprendi a dar valor a dias calmos.
Tão calmos que posso me dar ao luxo de ficar entediada, só pra depois me desentediar;
tão calmos que pude voltar a encontrar prazer nas pequenas coisas, admirar o pôr do sol até todas as cores se fundirem em escuridão, sentir o vento soprar o desassossego e purificar cada cantinho da alma;
calmos a ponto ver as horas comportarem-se como segundos durante uma boa conversa, e segundos transformarem-se em preciosidades ao perceber que verdadeiros laços de amizade resistem à poeira do tempo e à imposição da distância.
Somente em dias calmos assim percebe-se o real sentido de tudo, mesmo não passando de uma grande ilusão. A vida resume-se a uma busca por dias assim. Depois de grandes conquistas, de tanto esforço e trabalho, volta-se os olhos e o coração para as companhias mais agradáveis, os sabores mais irresistíveis, a melodia mais encantadora e até mesmo a solidão mais regeneradora... várias faces do desejo mais intrínseco: um dia calmo, um dia de plena paz.
Justamente para os momentos de ócio criativo, abri as cortinas do meu pensamento. Vê-se, então, não um esplêndido palco, mas um caminho repleto de possibilidades.
2 comentários:
Oi Lulu,
Entao, que honra ser o primeiro a dar um depoimento no teu blog!!!
O que posso dizer???
Quando escrevemos transpomos o lado material, transcendemos. Fernando Pessoa, Drummond e até Lindolf Bell disseram isso, cada um a sua maneira, cada um da forma que melhor encontraram para externar ou materializar sentidos e sentimentos...
Parabens pelas palavras...
Parabens pelo blog...
lindo texto lú! adorei! :) aproveite bem teus dias de pernas pro ar.. vai sentir falta deles.. consequentemente, eu também! :~ heuhe parabéns pelo blog :*
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